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Desde 2014

Rodrigo Bornholdt

Founder & Board Member

Zappters Protagonistas: Rodrigo Bornholdt

De coletor de copos em um bar a fundador da Zappts.

out 22 , 2021

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Zappters Protagonistas
Desde 2014

Rodrigo Bornholdt

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Rodrigo Bornholdt

Rodrigo Bornholdt

Bem-vind_ ao Zappters Protagonistas!

Nesta série você tem a oportunidade de conhecer a história dos talentos da Zappts, empresa 100% remota focada em projetos de transformação digital de grandes marcas.

Quer conhecer nossas vagas? Então, clique aqui.

No último episódio de Zappters Protagonistas, contamos a história do Pablo, um dos fundadores da Zappts.

Hoje, ainda comemorando o aniversário de 7 anos da empresa, você conhecerá nosso outro fundador: o Rodrigo!

Para começar, ele nos contou que vive em um ambiente de empreendedorismo desde quando era apenas um neném.

“Nasci em Campinas/SP, um ano depois de meu pai tomar a decisão de empreender, largar tudo e abrir sua própria empresa. Minha mãe também sempre trabalhou com ele, então sempre vivi essa rotina dentro de casa.”

Foi na empresa do pai que ele, aos 15 anos, começou a trabalhar, em um primeiro momento, como office boy.

Os mais jovens devem estar se perguntando, mas o que faz um office boy?

Bem, um office boy realiza serviços da rotina administrativa, envolvendo recepção e distribuição de correspondências e documentos, confecção de cópias e serviços externos.

“Meu pai sempre me trouxe para essa rotina. Comecei trabalhando com ele durante meio período em Jundiaí, depois do horário escolar. Depois fui avançando, mudando de área. Tive a oportunidade de migrar por diversas áreas e meu pai sempre me deu muita carta branca para inovar e trazer o que eu tinha de melhor.”

Dentro dessa rotação de áreas, ele nos contou que passou por desenho técnico, orçamento, marketing, vendas… Um pouco de tudo. Mas o que chamou sua atenção mesmo foi a função de programador.

O pai do Rodrigo tem uma empresa de construção civil e, apesar de ser uma área totalmente diferente da área de tecnologia, o pai foi uma super influência para que nosso protagonista seguisse pelo caminho da TI.

“Usando Clipper com DBase, meu pai desenvolveu os primeiros softwares da empresa, nos anos 90. Naquela época não existia Youtube, então ele teve que estudar por conta própria, comprar livros e aprender sobre desenvolvimento, banco de dados, e tudo mais.”

“Quando eu tinha uns 15 anos, meu pai pensando no futuro, me inscreveu em um curso de Delphi. E quando terminou o curso, pudemos migrar todos os sistemas que ele havia desenvolvido em Clipper para essa nova linguagem.”

Nosso protagonista nos contou que ter realizado este curso e ter tido a oportunidade de programar sistemas para a empresa do pai foi um divisor de águas.

“Me despertou um interesse muito grande por tecnologia. Então, quando eu tinha 18 anos, em vez de prestar o vestibular para Engenharia Civil, prestei para Engenharia da Computação. Tive um suporte muito grande do meu pai.”

Nosso entrevistado contou que conquistou a independência financeira bem cedo, fruto de sua prematura vida laboral.

Graças a oportunidade que teve de começar a vida profissional na empresa do seu pai, nosso protagonista continuou se desenvolvendo e enfrentando desafios que estavam por chegar.

“Com 15 anos eu conseguia ir ao shopping e tomar sorvete com o meu dinheiro, e isso já era a minha independência financeira.”

Mesmo durante a faculdade, Rodrigo continuou trabalhando com o pai, fazendo a migração dos sistemas de Delphi para outras novas linguagens de programação.

“Eu não conseguia ficar parado. Fazia faculdade em período integral, das 8h às 18h, trabalhava das 19h até 01h da manhã, e depois ia para a academia, até umas 2h.“

Correria hein?!

“Durante o curso da faculdade, eu me deparei com uma nova evolução das linguagens de programação: HTML, JavaScript e PHP. Meu pai e eu decidimos fazer essa migração e conseguimos expandir todos os módulos.”

Os sistemas em questão eram dos mais diversos. Desde sistema de cálculo estrutural, controle de estoque, recursos humanos até controle financeiro.

“Até hoje meu pai trabalha com os sistemas que eu criei, que é um mini ERP e foi feito em uma stack que era a mais atualizada da época.”

Rodrigo nos contou que foi nesse período da faculdade que ele aprendeu sobre engenharia de software.

“Programo desde os anos 2000!”

No penúltimo ano do curso de Engenharia da Computação, Rodrigo decidiu aprimorar seu Inglês na Inglaterra.

Trancou a faculdade, vendeu tudo o que tinha e comprou 7 meses de curso e duas semanas na casa de uma família para poder se estabelecer até conseguir um emprego. Pois o objetivo foi alcançado, e com sucesso!

“Quando eu ainda estava aqui no Brasil, consegui uma entrevista de emprego por lá. Na primeira semana na Inglaterra eu fiz a entrevista, e na segunda semana eu já tinha começado a trabalhar.”

“O emprego era em um bar, como coletor de copos, ou glass collector, ganhando um salário mínimo. Basicamente, a minha função era coletar os copos do chão que o pessoal deixava durante a noite, levar para a cozinha, lavar os copos e retorná-los ao bar para que pudessem ser servidos novamente.”

Ele também exercia outras funções, como organizar o fluxo de quem subia e descia as escadas para que as pessoas não se trombassem, e cuidar dos banheiros, verificando se estavam sempre limpos e disponíveis para uso.

E nosso protagonista diz que houveram situações que o marcaram e foram grandes lições durante essa experiência vivida no exterior.

“Nos banheiros, era comum entupir um mictório, um vaso sanitário, e eu fui instruído a, toda vez que isso acontecesse, deveria pegar um saco de lixo e envolver aquele recipiente para que ele não fosse usado e piorasse a situação. Em uma bela noite, com o bar lotado, por algum azar, entupiram 3, dos 4 mictórios, e 2, dos 3 vasos sanitários. A fila para usar o banheiro ficou enorme e gerou uma insatisfação por parte dos clientes gigantesca. Bem nesse dia, a manager do bar, que gerenciava todos os bares, e o dono do bar, que tinha uns 10 estabelecimentos espalhados pelo país, estavam na unidade onde eu trabalhava e viram o que estava acontecendo. Vi um senhor de terno chegar perto de mim e perguntar o que estava acontecendo. Expliquei, e ele me perguntou se eu não iria fazer nada para resolver o problema. Respondi que já tinha feito tudo, que tinha isolado a situação, e foi quando ele tirou seu terno, me pediu um saco preto, enrolou o saco em seu braço e colocou a mão dentro do vaso sanitário para desentupi-lo, dizendo ao final pra repetir o procedimento para os demais, e assim, resolver a situação para os clientes.”

A partir daí, o mindset do Rodrigo mudou, e ele entendeu que sempre existe alguma coisa a mais que pode ser feita para resolver um problema.

“Eu achava que eu tinha feito tudo ao meu alcance, mas precisei que o dono do bar chegasse e colocasse a mão dentro do vaso sanitário para desentupir e me dissesse o que fazer. Foi constrangedor, não dormi direito por algumas noites depois pensando naquilo, mas com certeza uma lição extraordinária.”

Outra situação que nosso entrevistado passou na Inglaterra e que marcou sua vida, foi em relação ao processo de recolhimento dos copos, neste mesmo bar em que trabalhou.

“Ao longo de algumas noites, observei que o bar ficava sem copos limpos para servir os clientes, porque a quantidade de glass collectors era insuficiente para coletar, lavar e repor. Então, geralmente nas noites de sexta e sábado, ficávamos uns 30 a 40 minutos sem servir nada porque não tinha copo no bar. E isso causava muito problema, porque os clientes queriam consumir, o bar queria vender e não podíamos.”

Tentando achar uma solução, Rodrigo chamou a gerente do bar e explicou a situação, pedindo que comprassem mais copos para o bar.

A resposta dela, também lhe deu uma grande lição.

“Ela me disse que ninguém a convenceria a comprar mais copos, caso não a convencessem de que o processo funcionava bem. Num primeiro momento eu não entendi direito, e ela disse que eu precisava estudar o processo e entender se ele estava bem estabelecido ou não, e depois ir dizer a ela se precisávamos mesmo de novos copos.”

Encarregado desta missão, ele tinha uma semana para dar o diagnóstico do processo de recolhimento de copos do bar.

E assim foi feito.

“Mostrei o estudo para ela, de como a equipe deveria ser organizada para reduzir custos com os glass collectors (que era o meu cargo) e acelerar todo o processo. Fiz a planta do bar, dos dois andares, com as escalas de cada pessoa, fruto da minha experiência com meu pai na construção civil. Ela gostou do plano, entendeu que poderíamos melhorar o processo, e topou implementar. Depois daquela noite, com pequenos ajustes no processo, nunca mais faltou copo para servir os clientes, e realmente não foi preciso comprar copo algum”

“Percebi que, às vezes, a melhor pessoa para avaliar um processo, é aquela que está sentindo a dor. Isso me fez pensar diferente em como fazer gestão. Não era comprando mais copo que o problema seria resolvido, e sim acertando o processo.”

Foi assim que Rodrigo foi promovido a Supervisor do bar, e passou a participar das reuniões de gestão para falar sobre o funcionamento e faturamento, além de cumprir o seu objetivo inicial, que era aprender a falar inglês.

Incrível!

Quando voltou ao Brasil, para concluir a faculdade ele foi fazer o estágio obrigatório em uma multinacional.

“Não me inscrevi para a vaga de tecnologia, me inscrevi em Supply Chain. Eu sabia que precisava alinhar o meu conhecimento técnico com o de negócio, pois eu só tinha a experiência do trabalho com o meu pai e no bar.”

Em uma das experiências vividas nessa multinacional, nosso entrevistado também contou uma passagem interessante:

“Em um determinado momento fui alocado para ser Engenheiro de Processos de uma das fábricas para resolver um grande problema que estavam enfrentando nas linhas de produção. Eu nunca tinha atuado como Engenheiro de Processos antes, quanto mais sentar em uma cadeira com tamanha responsabilidade. Eu sabia que tinha que aprender rápido. Me lembrei de algumas experiências anteriores e decidi que passaria 3 semanas vestido com uniforme de operador de máquina, de fato, operando as máquinas junto com os operadores. Só assim eu conseguiria entender, da forma mais rápida possível, quais eram as prioridades a serem enfrentadas naquele problema. Isso facilitou muito minha atuação para encaminhar a solução.”

Foi depois de 6 anos e meio nessa multinacional, que a Zappts surgiu na vida do nosso protagonista, juntando todo o seu conhecimento em tecnologia, com o tempo que ele passou dentro em Supply Chain.

“A história da Zappts, o Pablo já contou, então eu gostaria de falar sobre o porque decidi empreender naquele momento.”

“Eu acreditava no valor do empreendedor e sempre tive o sonho de empreender. Acredito que a gente precisa se inspirar em lideranças e gestores, precisamos sentir essa inspiração. Então, eu tinha muito desejo de poder criar uma empresa com uma cultura onde tivéssemos líderes inspiradores, para que as pessoas que trabalhassem nessa empresa pudessem ser inspiradas pelos seus líderes e fizessem seus serviços felizes e motivadas.Trabalhar para dar essa oportunidade para as pessoas, lutar para conquistar, isso é um motivo de muito orgulho pra mim.”

Objetivo alcançado com sucesso!

Porém, novos desafios surgiriam, mas nada páreo para a determinação e profissionalismo de nosso protagonista.

O Rodrigo também nos contou um pouquinho sobre o começo da Zappts e todas as transições que passamos para chegar até aqui.

E pasmem, teve até assalto no meio!

“Nos fundos de um mercadinho foi o nosso primeiro escritório. um dos grandes problemas que enfrentávamos nessa época eram os assaltos. A gente vivia uma rotina desagradável de ter que se esconder de assaltantes que entravam ali para levar o que tinha de dinheiro no caixa do mercadinho. Era muito frustrante, porque eu sentia que precisava me dedicar mais ainda para poder dar para as pessoas a oportunidade de trabalhar em um lugar tranquilo.”

Nosso fundador deixou bem claro que todas as migrações de escritório que a empresa teve, foram para proporcionar um ambiente de trabalho agradável com o máximo de conforto para as pessoas se desenvolverem.

Foi assim que chegamos à nossa sede atual!

O Rodrigo também contou que, além de crescer em espaço, também crescemos (e muito) em conhecimento, sempre pensando em entregar para os clientes tecnologias melhores e serviços mais adequados.

“Eu dedico essa vitória a cada uma das pessoas que esteve conosco desde o início e estudou com a gente para chegar onde estamos hoje, entregando o melhor do mercado.”

“Temos que nos perguntar todos os dias: ‘o que tem mais?’. Como podemos aprender, melhorar, e nos aprimorar. Foi com esse sentimento de superação que conquistamos o crescimento dos negócios e deixamos os clientes satisfeitos. Mas nunca deixando o processo de lado. Sempre tive o máximo de cuidado para que nossos processos fossem muito bem estruturados para que não faltassem ‘copos no nosso bar’, nem no bar dos clientes.”

Para finalizar, o Rodrigo nos contou que quando a pandemia chegou, ele, assim como a maioria das pessoas, ficou sem saber como seriam as coisas, mas que a empresa estava bem preparada para o que viria.

“O crescimento era nossa maior preocupação. Antes da pandemia, eu tinha a oportunidade de entrevistar todo mundo que entrava na Zappts, então era uma maneira de filtrar quem era aderente à nossa cultura, e isso a mantinha viva. Quando o Covid chegou e começamos a crescer em disparada, já não tinha mais essa oportunidade de entrevistar todos e fiquei com medo de nossa cultura ser esquecida.”

E foi durante a festa de final de ano que nosso entrevistado se surpreendeu e se emocionou!

“A festa de fim de ano foi a primeira que fizemos de forma remota, e eu me emocionei quando fui falar com todo mundo, dando um testemunho sobre a minha preocupação com a nossa cultura. Eu fiquei muito surpreso por ver que, mesmo não tendo entrevistado mais da metade dos colaboradores que estavam ali, nossos valores estavam enraizados nos valores das outras pessoas. Ali eu vi que a cultura não estava estabelecida em mim, e sim na Zappts.”

“Se eu tivesse que citar algo que impactou meu trabalho e minha vida profissional, diria que foi perceber o poder que temos com uma cultura forte, que não depende de um ou de outro. A cultura está na empresa, nas pessoas que estão na empresa. Os colaboradores percebem uns nos outros os nossos valores e sempre falam sobre eles para as pessoas que entram.”

Realmente, a cultura da Zappts é única, e só quem vive isso no dia-a-dia sabe o quão privilegiados todos os Zappters somos por fazer parte dela. Estamos muito felizes por fazer parte deste crescimento!

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