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O novo normal e o novo profissional de TI

O novo normal e o novo profissional de TI

Transformação Digital, desafios e oportunidades: entenda a nova realidade para os profissionais da tecnologia Por Roque Sales, CX & UX Manager da Zappts O novo cenário de atuação para os profissionais de TI apresenta desafios e oportunidades, tanto para quem já trabalha como aos que desejam ingressar na área.  Tudo por conta dos avanços acelerados […]

jul 06 , 2020

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Gestão

Transformação Digital, desafios e oportunidades: entenda a nova realidade para os profissionais da tecnologia

Por Roque Sales, CX & UX Manager da Zappts

O novo cenário de atuação para os profissionais de TI apresenta desafios e oportunidades, tanto para quem já trabalha como aos que desejam ingressar na área. 

Tudo por conta dos avanços acelerados pela Transformação Digital, que impulsiona a criação de soluções interativas para negócios, de forma a otimizar a experiência do usuário com aplicações práticas e seguras. 

Neste contexto, o “novo normal” está relacionado diretamente ao que as empresas TI esperam dos profissionais e como elas estão direcionando suas atividades para o nível de excelência, algo que, consequentemente, exigirá competências específicas e multidisciplinares.

O novo normal e o novo profissional de TI

O conteúdo deste artigo aborda os seguintes assuntos:

  • O novo mercado de trabalho que se forma impulsionado pela Transformação Digital;
  • Os desafios da aprendizagem contínua;
  • Teoria U e Taxonomia de Bloom;
  • Mudanças na área de TI e oportunidades.

Compartilhar conhecimentos, experiências e perspectivas. Em meio à tantas novidades promovidas no universo digital, é preciso manter-se atualizado e apto para atuar em um cenário cada vez mais tecnológico e multifacetado. 

O novo normal

Diversos acontecimentos têm acelerado a Transformação Digital nas empresas, como o próprio avanço da tecnologia, o desenvolvimento de aplicativos e o aumento do e-commerce são apenas alguns fatores que configuram o que muitos estão chamando de “o novo normal”.

Mas esse conceito ganhou força no primeiro semestre de 2020, em função dos impactos da pandemia do novo coronavírus, COVID-19, em todos os setores da sociedade. Com o isolamento social como medida de evitar a propagação do coronavírus, empresas precisaram aplicar estratégias digitais para a continuidade dos negócios e segurança de seus colaboradores. 

Os meios e modos de trabalho, negócios e interações humanas estão sendo modificados continuamente, mas é com a tecnologia que essas mudanças são acentuadas, e por isso, o novo normal apresenta-se cada vez mais digital, interativo e intuitivo. 

Antes da pandemia do novo coronavírus, o Home Office já funcionava para muitas empresas, mas estudos apontam que o trabalho remoto deve crescer até 30% após o período de isolamento social e retomada das atividades.

Dessa forma, empresas 100% Home Office devem surgir nos próximos anos ou migrar para a modalidade remota, como é o caso do Twitter. 

O CEO da rede social, Jack Dorsey, informou por meio de comunicado interno que a possibilidade de trabalhar em casa será permanente, mesmo após o fim da pandemia do novo coronavírus.

E qual a importância da tecnologia nisso tudo?

A importância da tecnologia é total nesse “novo normal” que se configura, especialmente para as empresas, que precisam manter seus sistemas seguros, confiáveis e interativos para gerar produtividade e negócios. 

Com a pandemia do novo coronavírus, restaurantes fechados continuaram servindo seus clientes por meio de aplicativos de pedidos e delivery. Escolas tiveram que adaptar aulas presenciais para o online e escritórios passaram a funcionar remotamente, tudo a partir do uso de canais, ferramentas e soluções digitais. 

Os aprendizados gerados pela crise da Covid-19 partem de práticas decorrentes da Transformação Digital, “um modelo de negócio usado por organizações para se adequarem ao digital, e no processo de implementação, a organização torna-se moldada pelo digital”. 

Segundo estudo liderado pela Dell Technologies (2019) estima que 85% dos trabalhos que existirão em 2030 serão novos, diversas profissões irão desaparecer, e segundo líderes empresariais entrevistados, 84% espera que seus colaboradores sejam especialistas digitais, e ainda 50% não consegue imaginar como serão os próximos 15 anos do seu segmento.

O relatório, publicado em 2017, aponta que a sociedade deve entrar em uma nova fase de relacionamento com as máquinas nas próximas décadas, e dessa relação, as principais mudanças serão:

  • A tecnologia funcionará como uma extensão das pessoas e ajudará no gerenciamento das atividades cotidianas;
  • As empresas utilizarão tecnologias baseadas em dados para buscar os talentos com as competências adequadas ao redor do mundo;
  • As pessoas terão de aprender em tempo real. As mudanças serão tão rápidas que novas indústrias serão criadas, e assim, novas competências serão requeridas.

Falar do novo normal também requer uma abordagem sobre o profissional que atuará no cenário digital, os desafios e as oportunidades que surgem com o desenvolvimento de tecnologias disruptivas e novas formas de produzir soluções inovadoras e intuitivas. 

Os desafios da aprendizagem contínua 

A internet promove acesso ao conhecimento ao criar uma ambiente que permite compartilhar conhecimento por meio de sites, mídias sociais e canais digitais. 

Se por um lado temos mais condições de aprender acessando conteúdos disponíveis na Web, por outro precisamos filtrar o volume de informações que são apresentadas diariamente na rede.

A aprendizagem contínua é uma cultura em que o foco está na capacidade de empregabilidade para a vida toda em vez de no emprego para a vida toda.

Ou seja: com a aprendizagem contínua, o profissional investe na capacitação necessária para atuar em cargos e empresas diferentes, desenvolvendo competências pessoais e técnicas ao longo de sua carreira.

Portanto, a aprendizagem contínua não se torna um desafio pela escassez de conteúdo, mas pela necessidade de identificar novas ferramentas e práticas alinhadas ao cenário profissional multidisciplinar e tecnológico.

Para entender essa realidade, vamos a um exemplo: os modelos novo e antigo de aprendizagem. 

No modelo antigo, o professor era “detentor do conhecimento”, ou seja, uma espécie de canal para o entendimento de teorias, conceitos e, consequentemente, o desenvolvimento de competências. 

Com o advento de novas tecnologias, meios de comunicação e a facilidade de acesso aos conteúdos digitais, o professor passou de detentor para mediador do processo de aprendizagem, facilitando a conexão dos alunos à rede de aprendizagem por meio de práticas inovadoras e vivências que aproximam a prática da teoria. 

Teoria U 

Por falar em teoria, você certamente já teve contato com algum estudo sobre aprendizado e produtividade, e como estamos falando do “novo normal”, é pertinente compartilhar aqui a Teoria U, que vem justamente de encontro com o assunto deste artigo. 

Ela foi criada por Otto Scharmer, economista americano e professor do MIT. Otto elaborou uma teoria que fornece caminhos para desenhar e conduzir profundos processos de aprendizado coletivo diante de cenários incertos, possível de ser aplicada a qualquer tipo de organização, inclusive num nível individual.

Essência da Teoria U: “presence” (presença) + “sensing” (sentindo) = “habilidade de sentir e trazer ao presente o melhor futuro potencial de alguém”.

Na imagem abaixo, podemos ver os sete passos da Teoria U:

Design Thinking
Fonte: Blueprint

A Teoria U trata de uma jornada. Nela, nos movemos em direção ao mundo externo para depois nos conectarmos ao mundo interno e desenvolvermos a criação de um novo mundo, baseado na clareza de propósito, produtividade e cooperação.

Taxonomia de Bloom

A Teoria U é uma excelente ferramenta para conectar-nos com quem somos por meio da compreensão do nosso passado, ao mesmo tempo em que nos conectamos com o futuro.

Num nível de compreensão mais “microscópico” a Taxonomia do Conhecimento de Bloom pode ser uma excelente ferramenta de apoio ao auto- conhecimento.

Consiste em uma estrutura que organiza hierarquicamente os objetivos educacionais, de acordo com três domínios principais:

  • Domínio cognitivo: conhecimento, compreensão e o pensar sobre um problema ou fato (aplicação, análise, síntese, avaliação);
  • Domínio afetivo: trata de reações de ordem afetiva e de empatia (recepção, resposta, valorização, organização, internalização de valores);
  • Domínio psicomotor: trata de habilidades relacionadas com manipular ferramentas ou objetos (percepção, resposta conduzida, automatismos, respostas complexas, adaptação e organização).

De forma resumida, a Teoria U e a Taxonomia de Bloom estão relacionadas à definição de propósitos para a aprendizagem e como o processo de aquisição contínua de conhecimento pode se dar de maneira produtiva, conectando o indivíduo a um caminho que “faça sentido” para que a transformação (no melhor sentido da palavra), de fato, ocorra

Mudanças na área de TI e oportunidades

O setor de tecnologia está em constante mudança, com o surgimento de novas ferramentas de trabalho, processos ágeis e serviços inovadores.

Essa realidade tem exigido cada vez mais dos profissionais: mais conhecimentos, mais habilidades e mais criatividade, tudo isso ligado a um cenário de desafios e muitas oportunidades. 

As fronteiras entre as áreas de negócios e tecnologia estão cada vez são mais tênues, com Inteligência Artificial, Data Science e IOT em ascensão. 

Além de todos esses fatores, não podemos deixar de mencionar a evolução constante de Desenvolvimento de Software, integração de sistemas e segurança, em processos mais dinâmicos.

Falando de mudanças e oportunidades no setor de TI, chegamos a um ponto fundamental de discussão: o perfil do profissional “mais disputado”. Então, vamos começar falando de soft skills.

Toda profissão exige competências técnicas específicas, que são adquiridas com estudo, desenvolvimento de projetos, pesquisas, treinamentos e muitos outros processos. 

Porém, é muito importante que além desse tipo de preparo, o profissional também busque aprender soft skills, que são habilidades e competências relacionadas ao comportamento humano. 

Quer um exemplo de soft skill extremamente importante para qualquer área: inteligência emocional. Sim, saber lidar com as próprias emoções e usar a energia para algo produtivo são grandes diferenciais para o alcance de objetivos, a colaboração no trabalho em equipe e o estímulo da criatividade.

Acabei citando mais duas soft skills muito buscadas em profissionais de TI (colaboração e criatividade), então, aqui vão mais algumas que merecem atenção e investimento:

  • Pensamento analítico: capacidade de sugerir soluções e ideias inovadoras, além de resolver problemas complexos por meio do raciocínio e da lógica.
  • Liderança: está relacionada ao poder de inspirar e ajudar os outros a se tornarem profissionais melhores, assumindo responsabilidades e descobrindo potencialidades no trabalho em equipe. 
  • Diversidade e inteligência cultural: respeito e compreensão sobre as individualidades de cada um, buscando uma aproximação de novas culturas e visões de mundo. 

Mentalidade de crescimento, tomada de decisão, comunicação e adaptação são outras soft skills muito valorizadas em setores caracterizados pelo trabalho em equipe e que estão em constante evolução. (TI se encaixa perfeitamente nesse cenário, não é mesmo?).

Outra mudança muito significativa no novo cenário para profissionais de TI é o trabalho com Squads Remotos, uma forma de ampliar as possibilidades de produção com times formados por profissionais de cidades, estados e países diferentes, todos trabalhando nos mesmos projetos. 

Um fato interessante é que cada vez mais as empresas têm ações de retenção e atração além do salário e plano de carreira, e portanto, valorizam os colaboradores que demonstram vontade de crescimento. 

Assim, muitos benefícios e condições são oferecidos, como o trabalho remoto, ambiente de descompressão e eventos de troca de experiências, que são oportunidades enriquecedoras para quem está começando e também, quem possui know how para compartilhar.

Por fim, algumas dicas para quem está se preparando para ingressar na área de TI ou buscando novos desafios profissionais, diante desse novo normal:

  • Invista ao máximo em conhecimento: seja um profissional multidisciplinar e esteja disposto a aprender sem mais;
  • Cultura organizacional: entenda as diferenças de costumes como algo agregador e some ao time trazendo um pouco da sua bagagem acadêmica e em outras experiências no ambiente profissional;
  • Desenvolva a criatividade: a busca por profissionais criativos é cada vez mais intensa. Problemas todas as empresas têm, e as soluções surgem de ideias inovadoras, que nascem da vontade de fazer a diferença somada ao propósito de agregar valor ao produto ou serviço desenvolvido. 

Conclusão

Como você pode conferir , o novo normal exigirá mais entrega e busca do profissional por qualificação, preparo e adaptação às constantes mudanças do mercado, e a pergunta que tenho a fazer agora é: Are you ready for this?

Espero que tenha gostado desse conteúdo e possa utilizá-lo como guia em sua jornada profissional, que certamente, terá muitos desafios e grandes oportunidades. 

Confira no vídeo sobre o tema tratado aqui “O novo normal e o novo profissional de TI”, e até o próximo artigo!